segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Deus revela em seu amor que ninguém deve ser considerado “impuro” e “insignificante”


As religiões educam os seus fiéis a cultivarem em si uma perspectiva de que porque obedecem as normas, leis e estatutos estabelecidos como “divinos” em seu grupo, estão assim numa situação de superioridade “moral” e “espiritual” em relação aos outros que não seguem a mesma cartilha. Junto com essa perspectiva produzem uma imagem dos outros como “impuros”, “devassos” e “insignificantes”, esses outros em alguns momentos referem-se a pessoas e em outros a grupos (mulheres, negros, homossexuais, indígenas, pobres).


Nisso os discursos e práticas dos religiosos são de um Deus que revela o seu amor apenas para os merecedores através das suas obras de obediência “cega” as normas criadas por eles mesmos, como também de condenação aos “impuros” e “insignificantes”. Tem a ousadia de afirmarem de que não podem se relacionar com tais pessoas, grupos e povos porque pertencem ao “diabo”.


Infelizmente, nós não estamos insetos desse vírus destruidor e infernal produzido pelo caminho dos religiosos, com o decorrer dos anos confundimos o caminho simples do Evangelho de Jesus Cristo que somente produz vida em abundância sobre todos. Nisso escolhemos o caminho que se alimenta de pensamentos “maus” sobre os outros e vive a procura de “pecados” criados por nós mesmos para assim levarmos esses aos nossos tribunais “santos” em que nos achamos com o poder de classificar os que “puros” e “impuros”, “santos” e ‘profanos”, “dignos” e “indignos”.


Portanto, temos uma necessidade urgente de ouvirmos a Palavra de Deus em nosso coração com a verdade simples de que em Jesus Deus revela o seu amor, que promove uma transformação na consciência para que enxerguemos os outros com graça e vida. Uma consciência que cresce a cada dia em nós de que para Deus todos os povos e pessoas são amados de forma incondicional, por isso devemos romper os nossos reducionismos para olharmos a “pureza” e a “dignidade” de todos.

Cleófas Júnior

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